terça-feira, 15 de novembro de 2011

Sociedade e cultura num mundo em mudança - parte 3

Sociedade e cultura num mundo em mudança - parte 2

Sociedade e cultura num mundo em mudança - parte 1

Sociedade e cultura num mundo em mudança

Os inícios do século XX mais não foram que a continuação de um século XIX onde o optimismo face ao progresso material, os valores morais e sociais de uma burguesia triunfante imperaram. A Iª Guerra Mundial, a Rev. Soviética e o crescimento económico originam um certo nivelamento dos modos de vida e marcam o início de um movimento de viragem em todos os campos: cultural, político e social e na formação de uma nova mentalidade, mais aberta e inovadora, responsável por comportamentos até aí impensáveis.

As Classes Médias (médicos, professores, engenheiros, arquitectos, comerciantes, homens de leis, guarda-livros...) adquirem um peso e influência crescente nesta sociedade e vão estar na base das principais transformações políticas e culturais:
a) Novos valores morais e sociais;
b) O prazer e a boémia ganham significado (aumentam os locais de convívio);
c) A mulher luta pela sua afirmação através do trabalho fora de casa, do direito ao voto;
d) A Moda (mais leve e desportiva) e a Música (Jazz) reflectem os novos gostos.
Surge uma Cultura de Massas associada ao desenvolvimento tecnológico e ao crescente aumento dos tempos livres.
· A Imprensa, a Rádio, o Cinema, revistas foram os veículos dessa cultura destinada ao grande público.
· O Desporto tornou-se, igualmente, uma manifestação de massas.Verifica-se um significativo progresso das Ciências Exactas.
a) A discussão sobre os limites de validade das ciências assume um papel importante na reflexão.
b) A ciência faz a sua auto-crítica.
c) A teoria da Relatividade desenvolvida por Einstein vai mostrar a existência de factos experimentais contraditórios com os princípios formulados pela ciência, desde Newton.
d) Outros cientistas defendem que em certos campos não é possível alcançar um conhecimento exacto mas apenas probabilistico (Max Planck).

No campo das Ciências Sociais e Humanas, igualmente se verificam inovações.
a) A Psicologia, com FREUD, defende que a razão não controla totalmente as nossas acções. Os impulsos inconscientes são responsáveis por grande parte dos nossos comportamentos. Por outro lado existem valores morais que provocam recalcamentos e reprimem o indivíduo.A tomada de consciência destes vai permitir a alteração no comportamento social que deve ser mais livre dos constrangimentos morais.
A descoberta da existência de uma vasta área do nosso psiquismo que não se manifesta de forma consciente vai ser valorizado do ponto de vista cultural pelas tendências artísticas e literárias da época.

RUPTURA E INOVAÇÃO NAS ARTESVive-se, nos primeiros anos do século XX, um período de aparecimento de movimentos artísticos, inovadores, que vão contra a norma, contra as “Escolas” que ditavam os gostos, os temas e as técnicas da arte.Os novos artistas apresentam experiências diversificadas, marcadas por um corte com a tradição;
Revelam uma certa agressividade e irreverência na utilização das formas e da cor.Na pintura, o cubismo, o abstraccionismo, o surrealismo e o futurismo (pretendia retratar a civilização industrial, o movimento da vida moderna) foram as correntes que mais se impuseram. (Picasso, Bracque, Salvador Dali, Amadeo de Sousa Cardoso, Almada Negreiros, Santa Rita) foram alguns dos seus artistas.
Na arquitectura, a adaptação dos edifícios à função para a qual se destinam e a utilização de novos materiais, fruto da nova sociedade industrial, são as características mais marcantes. (Funcionalismo arquitectónico)
A literatura revelou autores e estilos inovadores que se debruçam sobre a intimidade humana, sobre os sentimentos das pessoas. (Modernismo). (Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro)

RESPONDE AS SEGUINTES QUESTÕES:
1 - Explica a que se deve a cada vez maior importância das Classes Médias.
2 - Explica em que consiste a Cultura de Massas e quais os meios de divulgação dessa cultura

domingo, 23 de outubro de 2011

I GUERRA MUNDIAL

9 Perguntas respondidas sobre a I Guerra Mundial

1. Localiza no espaço duas disputas territoriais, envolvendo potências europeias dos inícios do século XX.
Alsácia- lorena e Península Balcânica.

2. Refere o acontecimento que motivou o início da I Guerra Mundial.
Assassínio do herdeiro do Império Austro-Húngaro ; Francisco Fernando, em Sarajevo, no dia 28 de Junho de 1914.3.

3. Identifica as duas alianças em Confronto na I Guerra Mundial.
· Tríplice Entente ( Grã- Bretanha; França ; Rússia)
· Tríplice Aliança ( Alemanha; Áustria- Hungria; Itália).

4. Explica o funcionamento do mecanismo de alianças.
Na sequência do assassínio do herdeiro do império Austro- Húngaro, foi activado o sistema de alianças, levando a sucessivas declarações de guerra entre os países da Tríplice Entente e da tríplice aliança.

5. Qual era o objectivo do plano Schlieffen?
O plano Schlieffen previa a ocupação rápida da França, com um ataque súbito desencadeado contra as tropas francesas, através da Bélgica.

6. Refere o acontecimento que levou Portugal a participar na I Guerra Mundial.
Aprisionamento dos navios alemães nos portos portugueses, o que motivou a declaração de guerra a 9 de Março de 1916.

7. Identifica algum do armamento inovador utilizado na I Guerra Mundial.
Aviões ( biplanos e triplanos); gases tóxicos ( gás mostarda); submarinos; tanques de guerra; granadas de mão; canhões e metralhadoras.

8. Refere as vantagens decorrentes da entrada dos EUA na guerra para os Aliados.
A entrada dos EUA na guerra possibilitou a entrada de tropas e armamento mais sofisticado ( tanques de guerra, por exemplo). Permitiu apoio financeiro por parte dos EUA.

9. Caracteriza a Guerra de Trincheiras e a Guerra de Movimentos.
Guerra dos Movimentos – Progressão rápida no terreno das tropas beligerantes.Guerra das Trincheiras – Cada exército procurava defender as suas posições e impedir o avanço do adversário, permanecendo numa extensa rede de abrigos e valas no solo. As condições de vida nas trincheiras eram muito penosas para os soldados.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

domingo, 2 de outubro de 2011

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

Site:

http://www.reuvenfaingold.com/artigos/aulas/faap/primeira_guerra.pdf

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O CASO PORTUGUÊS

A instabilidade política num país atrasado

Portugal, na 1ª metade do século XIX, permanecia um país atrasado. A primeira aplicação da
máquina a vapor na indústria foi em 1835. As unidades modernas eram poucas, predominando a
produção doméstica ou oficinal. Portugal ocupava um lugar modesto entre os países
industrializados. Para esta situação concorreu uma grande instabilidade política na 1ª metade do
século XIX. Na verdade, Portugal no decorrer deste período, foi abalado pelas invasões francesas,
pelos difíceis tempos da implantação do liberalismo. O tratado comercial de 1810 com a
Inglaterra prejudicou, também, a nossa economia. Mas, para esta situação de Portugal também
contribuíram atrasos antigos.

Uma agricultura tradicional
Os factores que explicam o atraso da agricultura:
• O solo era pobre;
• Técnicas agrícolas rudimentares;
• Os proprietários investiam pouco na terra;
• Os camponeses eram analfabetos.
A partir da primeira metade do século XIX verificaram-se os seguintes progressos:
• Desaparecimento das estruturas feudais;
• Alargamento das áreas de cultivo;
• Crescimento de certas produções agrícolas.

A regeneração
No decorrer da regeneração (1851-1868), período de paz e de estabilidade política, foram
tomadas importantes medidas com vista a desenvolver o país:
• Construção de uma rede de caminhos – de – ferro e estradas;
• Construção de pontes;
• O telégrafo por todo o país e a ligação por cabo subterrâneo a outros Continentes.
Fontes Pereira de Melo – estas obras foram realizadas através de pedidos de empréstimo ao
estrangeiro. Esta política de regeneração levou à formação de um mercado nacional e para a
modernização de país.
As indústrias portuguesas
As indústrias modernas – fábrica do cimento; fábrica de produtos químicos.
As indústrias tradicionais – algodão; lanifícios; tabaco; moagem; cerâmica; cortiça e conservas de
peixe.
O desenvolvimento da economia e a expansão de bancos (banco de Lisboa e banco de Portugal).

O MUNDO INDUSTRIALIZADO NO SÉCULO XIX

Novas fontes de energia; novos inventos técnicos:

Por volta de 1870, deram-se, em alguns países, mudanças importantes na indústria. Na 2ª
Revolução Industrial as indústrias começaram a utilizar novas fontes de energia e novas
máquinas:
• A invenção da turbina e do dínamo, que permitiu a produção de electricidade;
• O petróleo, que passou a ser utilizado nos motores de explosão.
Para além das novas fontes de energia muitas outras inovações levaram ao desenvolvimento da
indústria. Utilizaram-se novos metais e aproveitaram-se outros já conhecidos com novas
finalidades. Entre as novas indústrias destacaram-se a do aço, da química e a do material
eléctrico. Assim, a indústria tornou-se a principal actividade económica. O crescimento das novas
indústrias permitiu colocar nos mercados internacionais quantidades maciças de equipamento e
bens de consumo.

A expansão dos transportes:
Para além de novas fontes de energia e de novas máquinas, a 2ª Revolução Industrial foi,
também, acompanhada por importantes inovações nos transportes e comunicações:
• Construção de vias férreas;
• Progressos na navegação.
A revolução dos transportes trouxe benéficas consequências para a economia do país:
• Desenvolveram-se novo centros industriais;
• Criação de novos postos de trabalho;
• Aumento do tráfego de produtos e de passageiros;
• Criação de mercados nacionais;
• Aumento das trocas continentais.
O aparecimento de novas potências:
Com a 2ª Revolução Industrial, a par da Inglaterra, surgiram novas potência industriais como a
Alemanha, os Estados Unidos e o Japão:
• Alemanha: nos sectores algodoeiro, siderurgia, material eléctrico e produtos químicos;
• EU: indústrias de agro-pecuária, siderurgia e material eléctrico;
• Japão: construção naval, sectores algodoeiro e têxtil.

terça-feira, 5 de julho de 2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

PORTUGAL - 01 DE DEZEMBRO DE 1640

A Restauração da Independência é um feriado comemorado em Portugal anualmente no dia 1 de Dezembro, para assinalar a recuperação da independência nacional face à Espanha em 1640, que durante 60 anos ocupou o país .

A morte de D. Sebastião (1557-1578) na batalha de Alcácer-Quibir, apesar da sucessão do Cardeal D. Henrique (1578-1580), deu origem a uma crise dinástica. Nas Cortes de Tomar de 1581, Felipe II de Espanha é aclamado rei de Portugal. Durante sessenta anos Portugal sofreu o domínio filipino. No dia 1 de Dezembro de 1640, os Portugueses restauraram a sua independência.

Ao contrário daquilo que o monarca prometeu nas cortes de Tomar de 1580, ainda no seu mandato, e de modo mais intenso no reinado seu sucessor, Filipe III de Espanha, o desrespeito dos privilégios nacionais vinha agravando-se. Os impostos aumentavam; a população empobrecia; os burgueses ficavam afectados nos seus interesses comerciais; a nobreza estava preocupada com a perda dos seus postos e rendimentos; e o Império Português era ameaçado por ingleses e holandeses perante o desinteresse dos governadores filipinos.

Portugal estava também envolvido nas controvérsias europeias que a Espanha estava a atravessar, com muitos riscos para a manutenção dos territórios coloniais, com grandes perdas para os ingleses e, principalmente, para os holandeses em África (São Jorge da Mina, 1637), no Oriente (Ormuz, em 1622 e o Japão, em 1639) e fundamentalmente no Brasil (Salvador, Bahia, em 1624; Pernambuco, Paraíba, rio Grande do Norte, Ceará e Sergipe desde 1630).

Finalmente, um sentimento profundo de autonomia partilhado por toda a população, que estava sempre presente, estava a crescer e foi consumado na revolta de 1640, no qual um grupo de conspiradores, constituído por nobres e juristas aclamou o duque de Bragança como Rei de Portugal, com o título de D. João IV (1640-1656), dando início à quarta Dinastia - Dinastia de Bragança.

O esforço nacional foi mantido durante vinte e oito anos, com o qual foi possível suster as sucessivas tentativas de invasão do exército espanhol e vencê-los nas mais importantes batalhas, assinando o tratado de paz definitivo em 1668. Esses anos foram bem sucedidos devido à conjugação de diversas vertentes como uma forte aliança com a Catalunha, os esforços diplomáticos da Inglaterra, França, Holanda e Roma, reorganização do exército português, intensificação ou reconstrução de fortalezas e consolidação política e administrativa.

Paralelamente, os portugueses conseguiram expulsar os holandeses do Brasil, como também de Angola e de São Tomé e Príncipe (1641-1654), restabelecendo o poder Atlântico Português. No entanto, as perdas no Oriente tornaram-se irreversíveis e Ceuta ficaria na posse de Espanha.