quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O CASO PORTUGUÊS

A instabilidade política num país atrasado

Portugal, na 1ª metade do século XIX, permanecia um país atrasado. A primeira aplicação da
máquina a vapor na indústria foi em 1835. As unidades modernas eram poucas, predominando a
produção doméstica ou oficinal. Portugal ocupava um lugar modesto entre os países
industrializados. Para esta situação concorreu uma grande instabilidade política na 1ª metade do
século XIX. Na verdade, Portugal no decorrer deste período, foi abalado pelas invasões francesas,
pelos difíceis tempos da implantação do liberalismo. O tratado comercial de 1810 com a
Inglaterra prejudicou, também, a nossa economia. Mas, para esta situação de Portugal também
contribuíram atrasos antigos.

Uma agricultura tradicional
Os factores que explicam o atraso da agricultura:
• O solo era pobre;
• Técnicas agrícolas rudimentares;
• Os proprietários investiam pouco na terra;
• Os camponeses eram analfabetos.
A partir da primeira metade do século XIX verificaram-se os seguintes progressos:
• Desaparecimento das estruturas feudais;
• Alargamento das áreas de cultivo;
• Crescimento de certas produções agrícolas.

A regeneração
No decorrer da regeneração (1851-1868), período de paz e de estabilidade política, foram
tomadas importantes medidas com vista a desenvolver o país:
• Construção de uma rede de caminhos – de – ferro e estradas;
• Construção de pontes;
• O telégrafo por todo o país e a ligação por cabo subterrâneo a outros Continentes.
Fontes Pereira de Melo – estas obras foram realizadas através de pedidos de empréstimo ao
estrangeiro. Esta política de regeneração levou à formação de um mercado nacional e para a
modernização de país.
As indústrias portuguesas
As indústrias modernas – fábrica do cimento; fábrica de produtos químicos.
As indústrias tradicionais – algodão; lanifícios; tabaco; moagem; cerâmica; cortiça e conservas de
peixe.
O desenvolvimento da economia e a expansão de bancos (banco de Lisboa e banco de Portugal).

O MUNDO INDUSTRIALIZADO NO SÉCULO XIX

Novas fontes de energia; novos inventos técnicos:

Por volta de 1870, deram-se, em alguns países, mudanças importantes na indústria. Na 2ª
Revolução Industrial as indústrias começaram a utilizar novas fontes de energia e novas
máquinas:
• A invenção da turbina e do dínamo, que permitiu a produção de electricidade;
• O petróleo, que passou a ser utilizado nos motores de explosão.
Para além das novas fontes de energia muitas outras inovações levaram ao desenvolvimento da
indústria. Utilizaram-se novos metais e aproveitaram-se outros já conhecidos com novas
finalidades. Entre as novas indústrias destacaram-se a do aço, da química e a do material
eléctrico. Assim, a indústria tornou-se a principal actividade económica. O crescimento das novas
indústrias permitiu colocar nos mercados internacionais quantidades maciças de equipamento e
bens de consumo.

A expansão dos transportes:
Para além de novas fontes de energia e de novas máquinas, a 2ª Revolução Industrial foi,
também, acompanhada por importantes inovações nos transportes e comunicações:
• Construção de vias férreas;
• Progressos na navegação.
A revolução dos transportes trouxe benéficas consequências para a economia do país:
• Desenvolveram-se novo centros industriais;
• Criação de novos postos de trabalho;
• Aumento do tráfego de produtos e de passageiros;
• Criação de mercados nacionais;
• Aumento das trocas continentais.
O aparecimento de novas potências:
Com a 2ª Revolução Industrial, a par da Inglaterra, surgiram novas potência industriais como a
Alemanha, os Estados Unidos e o Japão:
• Alemanha: nos sectores algodoeiro, siderurgia, material eléctrico e produtos químicos;
• EU: indústrias de agro-pecuária, siderurgia e material eléctrico;
• Japão: construção naval, sectores algodoeiro e têxtil.