quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O HOLOCAUSTO NAZI


O Holocausto Nazi consistiu em por em prática um plano de genocídio da população Judaica .

Em 1933 a vida dos Judeus era normal e estável, ou seja, iam à escola, brincavam, iam ao teatro, cinema, tinham os seus negócios e tudo que um cidadão alemão fazia.

No mesmo ano, em 30 de Janeiro, Hitler chega ao poder como Chanceler da Alemanha. Ressentido pela humilhação do Tratado de Versalhes, pois a Alemanha foi obrigada a pagar elevadas indemnizações, a perder as colónias, não podia possuir exército e nem qualquer tipo de fortificações e, como qualquer outro país, estava em dificuldades depois da Depressão, Hitler prometeu "rasgar" o Tratado e acreditava na superioridade da raça Ariana .

Com a subida de Hitler ao poder estava instalada na Alemanha uma ditadura absoluta, que era alimentada por uma ideologia nazi racista (só existe uma raça superior - a raça ariana . As outras raças eram um factor de perturbação na sociedade e haveria que destrui-las ou então teriam de servir a raça superior), com isto começa uma perseguição aos Judeus .

As SS haviam sido criadas como guarda pessoal de Hitler e seriam a vanguarda do movimento nazi para confirmar o povo alemão como raça superior. O chefe das SS (Himmler) pediu aos alemães que seguissem as teorias genéticas nazis e melhorassem a raça. O Estado concedia empréstimos para encorajar os casais a terem mais filhos e as mães com muitos filhos recebiam medalhas.

Os judeus começam por ser obrigados a registarem-se e a usar uma ligadura com uma estrela de David amarela no braço, para não se confundirem com a raça Alemã e para mais facilmente serem identificados.

Pelas ruas Alemãs vêem-se as primeiras frases contra os judeus como: "Nicht für Juden", (interdito a judeus ) ou "porcos Judeus". Estes vêem a sua vida a entrar num beco sem saída, pois são constantemente perseguidos, humilhados e mal tratados na rua. Por exemplo, os alemães iam buscar raparigas judias a casa e obrigavam-nas a esfregar as ruas, escolhiam homens ao acaso e espancavam-nos à frente de todos os Alemães, que se limitavam a assistir.

Os judeus que tinham possibilidades tomavam as devidas precauções para conseguir sair do país. Quanto aos outros teriam que se sujeitar ao domínio de Hitler.

Em 1933/35 são publicadas as leis raciais e são retiradas as lojas e negócios aos judeus, os médicos são proibidos de exercer a sua profissão, nenhum judeu pode ter um cargo político e é lhes retirado o direito de cidadão, ou seja, não são considerados cidadãos alemães.

Em 1938 dá-se a "Kristallnacht", (Noite de Cristal), mais de 200 sinagogas são destruídas, 7500 lojas fechadas, 30 000 judeus do sexo do masculino enviados para campos de concentração. Neste mesmo ano, foram construídos os primeiros ghettos na Alemanha, onde isolavam os judeus do mundo exterior (separados por um muro). Cerca de 600 000 judeus morreram em ghettos com fome e doenças .

Hitler decide então começar a eliminar em maior número os judeus. Para isso os Einsatzgruppen capturavam e levavam os judeus para valas, onde eram obrigados a despirem-se, para em seguida serem mortos a sangue frio. Nestes momentos a dor, o choro, os gritos e os tiros misturavam-se no ar . É então que em 1941 se encontra a "Solução Final"

Os Judeus eram capturados e levados em comboios para os campos de concentração. O que ficou mais conhecido foi o de Auschwitz. Mas muitos deles não conseguiam chegar com vida, pois morriam com doenças e fome, porque a viagem era muito longa e as condições higiénicas não eram as melhores, visto que viajavam em vagões para o gado, apinhados e só havia um balde para as necessidades. Não havia água nem alimentos. Com isto muitos judeus morriam ou adoeciam. Quanto aos outros (aqueles que aguentavam a viagem) não sabiam para onde iam nem o que os esperava embora lhes tivesse sido dito quando embarcaram nos comboios que iam emigrar para trabalhar no Leste da Europa.

Chegados aos campos eram separados por filas de mulheres, outras de homens e de crianças. Aqueles que estavam em condições físicas iriam trabalhar, (pensando que iriam sobreviver), os outros seriam imediatamente mortos. Os judeus eram levados para as câmaras de gás, onde se despiam e em seguida eram mortos com gás. Depois os corpos eram queimados em crematórios ou então faziam-se algumas atrocidades, como : utilização da pele para candeeiros ou experiências médicas com as crianças.

A verdade de Auschwitz:
http://www.eb23-diogo-cao.rcts.pt/Trabalhos/nonio/xx/holoc/auschw.htm

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Portugal e a Segunda Guerra Mundial

Quando se inicia a Segunda Grande Guerra Mundial, em 1939, a Europa divide-se em dois blocos, de um lado os Aliados - a França e a Inglaterra, que apoiam a Polónia - do outro a Alemanha (a Itália, aliada política da Alemanha, com a qual formava o "Eixo", só viria a entrar no conflito em 1941). Portugal declara imediatamente a sua neutralidade.
A posição portuguesa é a de defesa da nossa independência em relação ao conflito. Salazar numa intervenção feita perante a Assembleia Nacional declara o seguinte: "Ouço que a algumas pessoas as preocupa sobretudo saber as consequências que da guerra advirão para as democracias ou para os regimes de autoridade, e por aí determinam os seus íntimos desejos. Atrevo-me a dizer que a situação é indigna de nós, primeiro porque só os povos que não sabem governar-se é que estão à espera de saber como os outros se governam (...), segundo, porque ou nesta guerra se não discute nada, ou estão em jogo problemas de tal transcendência que a seu lado parece trágica ou ridícula a preocupação de situações políticas - porque infelizmente é disto que se trata!". Por isso, a posição portuguesa é determinada pela intransigente defesa daquilo que o Governo entende ser o "interesse português" e não por afinidades ideológicas com qualquer das partes em conflito. Ora, Salazar entendia ter Portugal pouco a ver com a política europeia, sendo a sua vocação essencialmente ultramarina, pelo que o interesse português era o de afastar-se o mais possível desse conflito.
No âmbito do interesse nacional, a aliança inglesa é firmada, mas de forma a não embaraçar a nossa liberdade de movimentos. Sucessivos pedidos dos ingleses, nomeadamente os de ser suspensa a emissão de boletins meteorológicos que se referissem às condições nos Açores, ser autorizado o trânsito de soldados e munições inglesas por Moçambique, ser proibido o desembarque de alemães em Portugal, são sucessivamente recusados. Fizeram-se diligências diplomáticas no sentido de evitar que a Espanha entrasse no conflito ao lado das potências do Eixo, porque essa situação, trazendo a guerra à Península, dificultaria ou inviabilizaria a neutralidade portuguesa. A posição que o Governo português toma em relação à questão do fornecimento do minério de volfrâmio mostra bem a sua posição: aos protestos ingleses contra a venda de volfrâmio aos alemães o Governo português responde com uma contraproposta, a de deixar de vender este minério tanto aos alemães como aos próprios ingleses, o que não foi por estes aceite.
Portugal conseguiu permanecer fora da guerra numa situação de "aliado não ativo", que ambos os blocos acatam, já que é do seu interesse, no que respeita ao território metropolitano. Contudo, esta situação não será possível para os territórios dos Açores e Cabo Verde, de enorme importância estratégica para a guerra marítima. Os americanos e os ingleses pretendem instalar-se nessas posições, mas a diplomacia portuguesa envida todos os esforços no sentido de dificultar operações desse género, pelo menos enquanto a sorte final do conflito permanece indecisa. Em 18 de agosto de 1943, e após longas negociações, quando já se adivinha a derrota alemã, é assinado um acordo secreto que concede aos ingleses facilidades militares nos Açores. A 8 de outubro desse ano, tropas inglesas desembarcam nos Açores, enquanto Salazar informa o Governo espanhol do facto, e obtém deste o compromisso de que o Exército espanhol se oporia caso a Alemanha resolvesse atacar Portugal. Temeu-se também que a Alemanha pudesse atacar os Açores, e foi para aí enviado um corpo expedicionário português; em todo o caso, o risco valia a pena, face à fraqueza alemã, e o certo é que os Açores não foram atacados. Entretanto, os americanos pretendem também beneficiar das facilidades concedidas aos ingleses mas o Governo português a tal se opõe, pois não existe nenhuma aliança que ligue Portugal aos Estados Unidos. Finalmente o acordo: os americanos terão o que pretendem, mas comprometem-se a ajudar Portugal na recuperação de Timor-Leste, que tinha sido ocupado pelos australianos (1941) e depois pelos japoneses (1942). A Austrália estava interessada em tomar posse do território e americanos e ingleses tiveram de fazer pressão sobre o Governo australiano para que os direitos portugueses fossem respeitados e quando terminou a guerra a possessão foi restituída à soberania portuguesa.
Do ponto de vista do equilíbrio entre as importações e exportações a posição de neutralidade portuguesa permitiu-lhe que nos anos de 41, 42 e 43 as exportações ultrapassassem as importações, facto que não se verificava desde há dezenas de anos, e nunca mais se viria a verificar.
Esta hábil gestão da neutralidade portuguesa trouxe-lhe, no final do conflito, os benefícios da paz sem ter de pagar o preço da guerra. A posição do Governo espanhol foi em grande parte definida pelas relações com Portugal, e a elas se deve o facto da Espanha não ter entrado no conflito ao lado do Eixo. O bloco ibérico foi o contrapeso utilizado nas relações com a Inglaterra, conduzidas de forma a que a aliança saísse reforçada e que a independência portuguesa fosse reconhecida quer pela Inglaterra, quer por Espanha. Portugal foi uma das raras zonas de paz num mundo "a ferro e fogo", e serviu de refúgio a muitos foragidos de variadíssimas proveniências. Um desses refugiados foi o arménio Calouste Gulbenkian, que se fixou no nosso país tendo legado a sua fortuna para a constituição da Fundação com o seu nome, a qual se tornou uma das mais notáveis instituições ao serviço da cultura em Portugal.
O fim da Segunda Guerra Mundial representou na Europa Ocidental, do ponto de vista político, o triunfo das democracias como forma de governo e a condenação dos totalitarismos.
Em Portugal, embora se reconhecesse o mérito da obra de Salazar no que respeita à reorganização financeira, à restauração económica e à defesa da paz, muitos entenderam que tinha chegado a oportunidade de mudança. A reabilitação das democracias levava um grande setor da opinião a desejar o regresso a uma forma de governo baseada na representação parlamentar. Houve vários esforços por parte da oposição ao Governo no sentido de obter a condenação da situação portuguesa na nova ordem internacional, mas Salazar era um político muito respeitado ao nível externo.
Internamente também se verificam problemas: a Guerra Civil de Espanha (1936-1939), logo seguida pela Segunda Guerra Mundial, trazem problemas de escassez de géneros (Portugal era deficitário quanto a alimentos) e a inflação dispara. O Governo recorre, embora tardiamente, a racionamento de géneros e fixação de preços e aumenta a corrupção do aparelho corporativo. Estalam várias greves que são reprimidas pela polícia política e pelo Exército, estando a situação controlada em 1944. Segue-se a crise política, provocada em parte pela convicção de que tinha chegado a hora do fim dos regimes totalitários: a luta política é levada a cabo quer pelo Partido Comunista (que em 1940/41 e liderado por Álvaro Cunhal tinha criado o Movimento de Unidade Nacional Antifascista - MUNAF), quer pelos republicanos reorganizados à volta do Movimento de Unidade Democrática - MUD -, criado em outubro de 1945 para concorrer às eleições para a Assembleia previstas para o mês seguinte. Entretanto, o MUD desistiria de ir às urnas, e, ao longo de 1946, começa a perder-se a força de contestação. Em 1947 tenta-se um golpe militar, a "Abrilada", mas que se revela um malogro.
Salazar sente também necessidade de proceder a certas reformas. Em 1946, Marcello Caetano emerge como chefe-de-fila da ala reformista no seio do próprio regime, defensora da industrialização, e em 1948 o MUD é ilegalizado e prendem-se os membros da sua comissão central. Já em 1949, a candidatura de Norton de Matos à Presidência da República dá novo alento às oposições, mas o candidato acabará por desistir, dando a vitória a Carmona. Segue-se nova vaga repressiva: Álvaro Cunhal é preso e cai o aparelho central do PCP. As oposições entram claramente em refluxo. É a glória de Salazar novamente restaurada.



Como referenciar este artigo:
Portugal e a Segunda Guerra Mundial. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. [Consult. 2012-02-21].
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